sábado, 30 de agosto de 2008

Ser crinça é o melhor do Mundo


Às vezes pergunto-me onde está a felicidade quando precisamos dela!?
A vida ensinou-me que ninguém é sempre feliz, concordo, até porque se não conhecermos a infelicidade jamais daremos valor a felicidade quando ela nos toca, nem que seja ao de leve.


A infância é sempre aquela altura em que tudo e mágico, tudo é perfeito, tudo pode ser realizado, basta querermos.

O que torna as crianças tão lindas enquanto pequenas?

O que é que as crianças possuem que nos transmitem tanta paz e tranquilidade junto delas? Talvez seja o facto de serem ainda seres puros sem a mínima noção da verdadeira vida lá fora, fora do mundinho deles…o que por vezes até nós adultos somos invadidos por esse espírito que o mundo lá fora é perfeito, é magico, tudo se pode construir, salvar, que não há guerras nem fome, que tudo vive em função de uma princesa que espera ansiosamente pela tenra idade de se casar, que espera pelo seu príncipe para viverem felizes para sempre.
Por vezes quando lemos as histórias ás crianças até nós adultos paramos para pensar se na realidade isso não poderia acontecer… se um dia também nós poderemos ter o nosso príncipe encantado, casar e vivermos felizes para sempre no nosso castelo!
Outra coisa que a vida me ensinou é que ninguém é sempre feliz, muito menos para sempre. O que realmente nos transporta vorazmente para a realidade. Nos arranca violentamente dos contos de fadas que lemos as crianças e nos põem no mundo real, onde temos que lutar por tudo e por coisa alguma, temos que lutar para não passarmos fome, para podermos vestir aquelas roupas boas, até para podermos descansar temos que lutar…
A vida na realidade, aquela realidade que as crianças vão entrando quando começam a crescer e deixam de ser crianças é bem mais dura daquela que os adultos fantasiavam nas suas cabecinhas puras e tranquilas, que imaginavam o mundo cor- de- rosa, cheio de magias, fadas, duendes algumas bruxas más que os príncipes mandavam embora para protegerem as princesas que amam…
Na realidade as crianças aprendem que a princesa e o príncipe lá de casa não têm a vida cor-de-rosa, não vivem num castelo, que não têm fadas boas para ajudar quando as coisas correm mal…
Na realidade a princesa usa calças, trabalha de manha a noite, cozinha, limpa , aspira… a princesa na verdade é uma verdadeira fada do lar…o que não deixa de ser princesa, e até passa a ser uma super-heroi, pois as mães hoje em dia são autenticas heroínas, com um dia que parece esticar, e sempre com tempinho para acarinhar os filhotes antes de irem para a cama…
O príncipe na realidade usa calças também, o seu cavalo branco na realidade chama-se carro, e movimenta-se a combustível que insiste a cada vez ser mais caro, e faz desejar o príncipe a mandar vir de volta o seu cavalinho branco…
Não deixam de ser felizes, por serem príncipes modernos, mas os contos de fadas e a realidade não são sempre iguais, nem nos seus finais…
Nos contos de fadas o mítico “viveram felizes para sempre”, continua sempre presente, até porque é a sua imagem de marca, e sem isso deixaria de ser conto de fadas para passar a ser a realidade…nua e crua…
Na realidade os papás, os príncipes, têm contas para pagar, têm crises matrimoniais, têm problemas nos empregos…e têm que enfrentar todos os dias o mundo lá fora, que pelo que dizem está cada vez mais virado do avesso…
Pois é, ser criança, pensam elas, não é fácil, um dia sempre cheio de actividades e brincadeiras, chegam ao seu fim, cansadíssimos e com desejo apenas do carinho dos papas, xixi e cama…


Mas ser criança é o melhor do mundo

Tenho momentos que adorava voltar a ser criança…é nesses momentos que me agarro à criança que ainda tenho em mim, e que regrido uns aninhos, e brinco com a pessoa mais importante para mim, como se tivesse a idade dela, sem medo, sem receio… Tento voltar a ser criança, mas toda a pureza, tranquiliade, toda a magia que engloba uma criança já não está cá…


Ser criança é o melhor do mundo

a partir da infância toda a vida é um fio monótono e repetitivo que nos vai levando para lugar nenhum, e pontuando-a de momentos especiais

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